segunda-feira, 31 de maio de 2021

Os Planetas Retrógrados

Na última semana, dois planetas entraram em movimento retrógrado no céu. Saturno e Mercúrio estão caminhando na direção oposta ao seu percurso natural pelo Zodíaco. Este evento, que é bastante comum na Astrologia, me motivou a escrever algumas palavras a vocês.

Primeiramente, devemos compreender que a retrogradação é um movimento aparente dos planetas. Eles nunca mudam a sua direção. O movimento retrógrado é percebido por nós devido à confluência e interação da órbita terrestre com as demais órbitas planetárias.

Os planetas inferiores, Mercúrio e Vênus, nunca se afastam muito do Sol. Por este motivo, jamais veremos qualquer um deles brilhando no meio do céu à noite. Mercúrio se elonga 27º do Sol ao máximo, e Vênus, em torno de 47º.

Após as suas elongações máximas a leste, quando são visíveis como estrelas vespertinas, Mercúrio e Vênus entram em retrogradação. O astro mensageiro retrograda três vezes ao ano. O movimento retrógrado venusiano é mais raro e ocorre a cada um ano e meio.

Mercúrio em movimento retrógrado é quase uma certeza de pânico e de dezenas de postagens em redes sociais. O senso comum astrológico encara com muito temor um processo que é bastante frequente ao astro mensageiro. A despeito de tudo isso, o mundo geralmente segue funcionando em completa normalidade.

Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol. O movimento retrógrado e a combustão lhe são comuns. Mercúrio também é seco e não se aflige muito pela proximidade com o luminar diurno. O mesmo não pode ser dito sobre Vênus. Além de mais raras, as retrogradações da menor fortuna conduzem um planeta feminino, frio e úmido, ao calor e secura do Sol.

A retrogradação dos planetas superiores ocorre quando o Sol se aproxima de sua oposição. Júpiter e Saturno ficam retrógrados logo após o Sol aplicar-lhes um trígono, enquanto são estrelas orientais. Quando recebem um novo trígono, já configurados como estrelas ocidentais, encerram o seu movimento retrógrado. Durante a sua retrogradação, atingem o ápice do seu brilho no céu. O mesmo ocorre com Marte, a cada dois anos.

Mais importante que o movimento retrógrado, e isto vale para as natividades, horárias e eletivas, é o momento de estação de um planeta. Os astros errantes se tornam estacionários antes da retrogradação e quando vão retomar o movimento direto.

Um planeta estacionário está prestes a mudar de direção. Se vai retrogradar, indica alguma debilidade, piora. Se vai retomar o movimento direto, significa rumo, melhoria, restabelecimento de senhoria. Em qualquer uma das estações, a representação é de mudança, tomada de um novo caminho, para pior ou melhor.

O estado cósmico completo dos planetas sempre deve ser avaliado. Tomando o exemplo de Mercúrio retrógrado neste mês. O astro mensageiro está em seu principal domicílio, no signo de Gêmeos. Está na companhia de Vênus e do Nodo Norte e formará, por seu movimento retrógrado, um trígono com Saturno.

Não se trata de uma aflição severa a Mercúrio. Por causa de sua retrogradação, teremos Mercúrio em Gêmeos, domiciliado, até o dia 11 de julho. Se Mercúrio estivesse em um signo mudo, aflito por um planeta maléfico e com a Cauda do Dragão, poderíamos esperar representações mais negativas durante o seu movimento retrógrado.




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