As Casas Astrológicas


             A Casa I - O Ascendente



Hoje falarei sobre a primeira casa de um mapa astrológico. O ascendente marca o início da casa I, sendo o primeiro e o mais importante dos quatro ângulos de uma carta astrológica. Ao chegar no ascendente, todos os corpos celestes, errantes ou fixos, ganham a sua luz no céu. O ascendente também é conhecido como horóscopo, uma referência clara a sua variabilidade em decorrência do avançar do tempo.
O ascendente fala do nativo, do seu corpo físico e sua constituição. É um dos cinco pontos hylegíacos, ligados à vida. Também fornece informações importantes sobre o temperamento, motivação primária e aparência do indivíduo. Quando existem planetas em conjunção ou em aspecto ao ascendente da carta, tais astros têm a capacidade de representar a adição de suas propriedades essenciais ao corpo, saúde e sorte do nativo. Saturno agrega melancolia, afinamento e alongamento das formas. Júpiter representa o contrário, adicionando animação, robustez e aumento das dimensões corpóreas.
Em Astrologia Horária, o ascendente é fundamental para realizar a interpretação de qualquer questão. Com base neste ângulo, em seu senhor, no planeta regente da hora e em suas respectivas interações é possível dizer quando uma figura horária é radical e passível de julgamento. Do mesmo modo que ocorre em Astrologia Natal, aqui o ascendente revela informações sobre o corpo, a aparência e a saúde do querente.
Mercúrio é o planeta que tem o seu júbilo na primeira casa astrológica. Este planeta, que não possui um caráter diurno ou noturno natural, se alegra na casa que divide os dois hemisférios da carta, o invisível e aquele que nossos olhos podem contemplar. Mercúrio também rege o sistema nervoso e a linguagem, que se colocam perfeitamente na casa astrológica que mantém uma relação com a porção corporal da cabeça.





A casa II


Amanhã é quinta-feira, dia de Júpiter, planeta este que possui analogia caldaica com a casa II. Vamos abordar esta casa astrológica agora. A casa II fala sobre os nossos recursos financeiros e bens adquiridos. Boa parte desta relação positiva dos temas pecuniários com a segunda casa se deve à já citada relação com o grande benéfico. Se trata de uma casa sucedente e que não aspecta o ângulo ascendente. Reputada, por este fato e por alguns autores, a um certo grau de desafortunamento. O pensamento atual converge mais para a neutralidade, com importantes predicados positivos agregados.
A casa II também fala da comida que ingerimos e o planeta regente deste local, bem como, outros astros errantes eventualmente colocados na segunda casa podem dar pistas sobre o tipo de dieta que o nativo tende a adotar. Quando existem planetas maléficos, em mau estado cósmico e de preferência regendo as casas natais ligadas aos temas enfermos, os alimentos podem causar males à saúde do nativo.
Esta casa astrológica também fala de nossos assistentes mais próximos, das pessoas que nos auxiliam diretamente. Em situações que assumimos uma posição de chefia ou liderança qualquer, a casa II revelará a natureza e a qualidade das pessoas que terão uma relação mais direta conosco em nossa empreitada. A Lua ou Vênus posicionadas na casa II indicam que os assistentes próximos possivelmente serão, em sua maioria, figuras do sexo feminino. O Sol, Marte, Júpiter e Saturno testemunham o contrário. Mercúrio é variável e deve ser analisado em sua particularidade no tema natal.
Agora resta a interpretação das casas angulares, que são as mais importantes de uma carta astrológica. Depois farei uma publicação com os links de cada um dos estudos sobre as casas astrológicas que realizei, para facilitar o acesso e leitura para vocês. Por ora, fiquemos ao som de “Money”, do perfeito álbum “The Dark Side of the Moon” do Pink Floyd, de 1973.

 New car, caviar, four star daydream
  Think I'll buy me a football team”




A casa III


Domingo é o dia do Sol e segunda é o dia da Lua. Os dois luminares regem dias sequenciais na semana. Isto também ocorre com a regência dos signos zodiacais. Os dois signos sequenciais e do norte, Câncer e Leão, são regidos pela Lua e pelo Sol. A Lua tem o seu júbilo na casa III, enquanto o Sol encontra tal contentamento na casa IX. O Sol e a Lua possuem uma relação próxima e estreita, talvez a mais relevante da Astrologia.
Considerado isto e o oportuno momento, chega a hora de falar sobre as casas que concedem júbilo aos dois luminares. Vamos à abordagem das casas III e IX. A casa III fala sobre movimento e pequenas viagens. É uma casa cadente e com certo grau de afortunamento, pois aspecta o ascendente através de um sextil. É a alegria da Lua e versa sobre todo o tipo de informações e mensagens, pois o luminar noturno comunica todas as esferas planetárias com o mundo sublunar.
A casa III fala de todo o conhecimento básico sobre o qual podemos ter acesso e nos apropriar. Os nossos irmãos e vizinhos também encontram lugar nesta casa astrológica. Marte possui relação caldaica com a casa III e este fato consolida o pequeno maléfico como um significador essencial de irmãos.
A casa IX também é uma casa cadente e que possui afortunamento, uma vez que aspecta o ascendente através de um trígono. É o templo e a alegria do Sol. Por relação caldaica, a casa IX está ligada a Júpiter. É uma casa astrológica que fala de alto conhecimento e educação superior.
É um local de espiritualidade e religiosidade. As grandes viagens, literais ou figuradas, encontram o seu lugar na casa IX. O estrangeiro e os territórios distantes de nossa morada também são representados pela casa IX.
Apesar de cadentes, as casas III e IX não enfraquecem ou debilitam consideravelmente os planetas que venham a ocupá-las. O conceito de cadência é mais verdadeiro quando depreendido como inconjunção ao ascendente, o que se aplica com perfeição às casas VI e XII.






A casa IV - O Fundo do Céu


A casa IV corresponde ao último dos quatro ângulos de um mapa astrológico qualquer. Este ângulo, o mais inferior de todos na esfera terrestre, recebe o nome de fundo do céu. Também é conhecido por Imum Coeli, o mais baixo e profundo céu.
A casa IV fala de nossas raízes e ancestrais. Também remete ao lar e aos nossos pais. O Sol possui relação caldaica com a casa IV. É a casa astrológica que fala da figura do pai, em especial. A casa IV também versa sobre os bens imóveis e as propriedades de terra.
É uma casa que fala de heranças e tesouros secretos.
Quando o Sol ou Saturno estão colocados na casa IV ou quando são senhores deste local, possuem testemunho poderoso para representar a figura paterna.
Saturno atestará favoravelmente para uma maior rigidez no ambiente familiar. Também pode denotar, caso possua alguma relação com a casa X ou com o planeta significador profissional da carta, que os bens imóveis e as terras serão fonte de trabalho e sustento para o nativo. Em ambientes rurais, pode acenar para o futuro no campo. Nas cidades, pode denotar proprietários e gerenciadores imobiliários.
Vênus e Júpiter, quando colocados na casa IV ou nos casos em que são senhores dignos e fortes desta casa astrológica, advogam a favor de uma família protetora e proporcionam um lar feliz. Se estiverem bem dispostos na casa IV, sem contrariedade infligida pelos maléficos e conectados aos temas financeiros da natividade, podem ser esperados lucros futuros a partir de heranças.
A casa IV também está relacionada ao final de tudo e à conclusão de todos os processos. A sua relação com a morte e com os mortos deriva das profundezas que esta casa angular se posiciona no céu. A casa IV também fala sobre a reputação e dos acontecimentos post mortem ao nativo.



A casa V


Hoje é sexta-feira, dia de Vênus. Este planeta tem o seu júbilo na casa V e chega então o momento de conversarmos sobre esta casa astrológica. A casa V é benéfica e aspecta o ascendente através de um trígono.
A boa fortuna, é a casa e a alegria de Vênus. Neste local estão resguardados todos os prazeres humanos. Fala do sexo e dos romances. Por signos inteiros, possui a mesma triplicidade do ascendente e também versa sobre os filhos e os nossos descendentes. É um local de diversão e entretenimento. É a casa da sorte cotidiana, de tudo aquilo que nos acontece e nos beneficia.
É a casa dos jogos e de todas as atividades lúdicas. Vênus possui total analogia com esta casa astrológica. Além de representar o seu júbilo, a casa V tem relação caldaica com a menor fortuna. A quinta casa é um dos locais prioritários, ao lado do ascendente, para se investigar a fertilidade e o número de filhos de um determinado nativo. Este tema, contudo, requer uma análise mais complexa e individual, que também envolve as casas XI, X e VII, os planetas favoráveis e contrários à geração de filhos e também o nível de fertilidade dos signos zodiacais que ocupam estes locais.
A relação estreita com Vênus também traz a simbologia artística para esta casa astrológica. Quando o significador profissional da natividade ou o senhor da casa X estão colocados na casa V é provável que o nativo trabalhe com alguma atividade ou ambiente de entretenimento e lazer. Se este planeta for Vênus, existe um testemunho ainda mais fortificado para desenvolver ofícios puramente artísticos. Aqui, falo de música, teatro, pintura.
Tudo aquilo que Vênus puder significar e encantar aos demais.
Boa fortuna, prazer, amor, sexo, diversão e arte. Tudo o que há de melhor e imediato, para o corpo e para hoje. É o que temos de Vênus. É a sorte da sexta-feira. Na voz de Marisa, melhor que em minhas palavras.



 A gente não quer só comer
A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer pra aliviar a dor
A gente não quer só dinheiro
A gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro
A gente quer inteiro e não pela metade”


Créditos do vídeo: Marisa Monte - Álbum: MM (1989). Música: Comida - Titãs (1987).


A casa VI


Amanhã é terça-feira, dia de Marte. A casa VI é o local do júbilo do pequeno maléfico. Logo, falaremos dela e de todos os seus predicados agora. A casa VI é cadente e não aspecta o ângulo ascendente. Neste local encontram significado o trabalho duro, a escravidão, a má sorte, os acidentes, os inimigos, a dor e as doenças que atingem o corpo físico e desestruturam a saúde. É o templo de Marte e ele se regojiza em representar todos estes temas quando está determinado à sexta casa.
Todos os germes e agentes capazes de causar infecções e quaisquer manifestações patológicas em nosso corpo são representados pela casa VI. Tudo aquilo que nos acontece e é mau, que independe de nossa vontade ou ações, e que infelizmente pode nos acertar, encontra o seu lugar na sexta casa astrológica.
Marte, quando colocado na casa VI, está fortificado pela condição de planeta jubilado, independentemente da cadência experimentada neste local. O mesmo pode ser dito de Saturno, quando ocupa a casa XII. Marte e Saturno na casa VI testemunham francamente a favor de enfermidades. Júpiter e Vênus também podem representar a materialização de doenças na casa VI. Todavia, se experimentarem bom estado cósmico, atuarão no sentido de diminuírem a intensidade e a gravidade das enfermidades produzidas.
Em muitos escritos, principalmente modernos, se reputa à casa VI sobre o tema do trabalho. Tal analogia somente é valida para trabalhos forçados, maçantes, degenerativos e que o nativo executa à contragosto e às custas da dilapidação de sua saúde. O trabalho e a carreira, com finalidade positiva e de ascensão no mundo, são representados pela casa X.
A casa VI disputa o título de pior casa astrológica com a casa XII. Muitos reputam a esta última um caráter ainda mais severo, talvez por sua conexão natural com Saturno. Todavia, a casa VI é, além de cadente e maléfica, uma casa que se coloca abaixo do horizonte. A luz dos astros que estão posicionados nela está ocultada. Fica registrada a reflexão sobre as duas casas de Marte e Saturno.



Créditos da imagem: Grey’s Anatomy, 8ª Temporada. Episódio 24: "Flight"


A casa VII - O Descendente


Hoje o estudo sobre as casas astrológicas chega à casa VII. O ângulo descendente corresponde ao início da sétima casa, local este que é o ponto de ocaso do Sol e de todos os demais astros errantes e estrelas fixas. Todos os corpos celestes que ganharam a sua luz ao cruzarem o ângulo ascendente perdem a sua visibilidade e são conduzidos ao hemisfério invisível do céu após ultrapassarem o descendente. A relação da casa VII com a morte deriva desta simbologia, bastante empírica e palpável, que é a ocultação de todas as luzes.
A casa VII se dispõe frontalmente à primeira casa e fala das outras pessoas, de um modo geral, daquelas que não são íntimas e dos desconhecidos em uma multidão. A Lua possui relação caldaica com a sétima casa. Os amigos e o círculo social mais próximo do nativo estão reservados à casa XI.
O casamento e os relacionamentos afetivos duradouros encontram o seu lugar na casa VII. Do mesmo modo também ocorre com as parcerias em geral, caso típico das sociedades empresariais. A oposição ao ascendente traz a simbologia dos inimigos declarados, daqueles que se opõem abertamente à nossa pessoa e posicionamentos. Fala da outra parte em eventuais processos legais, cuja moção seja procedida pelo nativo ou por terceiros.
Cada planeta fornece um testemunho diverso quando colocado na casa VII, tal qual ocorre nas demais casas astrológicas. Vênus, neste local e afortunada, traz sorte e amor para os relacionamentos afetivos. Júpiter atesta favoravelmente do mesmo modo, também sinalizando para poderosas parcerias, inclusive, com maior poder econômico. Marte acena para a possibilidade de relacionamentos conflituosos e querelas legais. Saturno pode indicar grandes desafios nos temas amorosos, mas pode significar, também, a união com pessoas mais velhas ou em um momento mais tardio na vida. Os luminares, conforme suas naturezas singulares, podem representar popularidade ou inconstância, no caso da Lua e poder ou egocentrismo, no caso do Sol, para os parceiros afetivos.




A casa VIII


Hoje é o dia da Lua, planeta que rejubila na oitava casa em mapas noturnos quando cresce em luz, como agora. Chega o momento de falar sobre a casa astrológica mais temida na Astrologia. A casa VIII é uma casa sucedente que está inconjunta ao ascendente. O conceito de cadência pode ser estendido aqui, para aqueles locais que não enxergam o primeiro e mais importante ângulo de um mapa astrológico. Todavia, a casa VIII é mais potente e menos desafortunada do que as casas VI e XII. Eu sempre afirmo que são estas duas últimas casas astrológicas que representam a maior parte do sofrimento humano.
A casa VIII é uma casa maléfica que possui analogia caldaica com o anarético Saturno. Fala de morte, no sentido literal. Sua natureza, qualidade, ambiente e entes envolvidos. É uma casa que fala de tormentos e preocupações. Fala de heranças e do dinheiro dos mortos. Em uma conotação bem mais leve, representa o dinheiro dos parceiros afetivos e de possíveis sócios, com os quais se poderá firmar a edificação de empresas e negócios diversos.
Quando encontramos Vênus ou Júpiter na casa VIII, em bom estado cósmico, há testemunho de morte natural e privada de dor. Estes mesmos significadores acenam para bons recursos financeiros para o cônjuge e para os sócios. Os casamentos e as atividades societárias poderão culminar em excelente prosperidade.
Marte e Saturno, quando colocados na casa VIII, podem ameaçar a vida através de processos que contrariam a naturalidade do ciclo vital. Isto é mais verdadeiro se forem senhores das más casas astrológicas, incluindo a oitava, e causarem ferimento ao planeta doador da vida, o Hyleg. Estes posicionamentos não devem ser causa de preocupações, contudo. Em bom estado cósmico e livre de aflições, Saturno pode atestar favoravelmente a favor de longevidade. Marte alerta para o perigo de acidentes, mas a materialidade marcial perante à morte pode falar sobre processos infecciosos, inflamatórios ou febris com potencial risco à vida.
Não é somente a casa VIII que é ameaçadora à vida. A casa VII e a casa IV também guardam o seu significado de ocaso e fim, que se aplica à existência humana. Mas estas duas casas serão estudadas posteriormente. Para ilustrar a postagem, uma passagem do seriado House muito a fim com a casa VIII. Créditos para o seriado. O episódio é “Wilson’s Heart”, 4ª temporada, Ep. 16, season finale.

House: You're dead?
Amber: Everybody dies.
House: Am I dead?
Amber: [...] Not yet.





A casa IX


Domingo é o dia do Sol e segunda é o dia da Lua. Os dois luminares regem dias sequenciais na semana. Isto também ocorre com a regência dos signos zodiacais. Os dois signos sequenciais e do norte, Câncer e Leão, são regidos pela Lua e pelo Sol. A Lua tem o seu júbilo na casa III, enquanto o Sol encontra tal contentamento na casa IX. O Sol e a Lua possuem uma relação próxima e estreita, talvez a mais relevante da Astrologia.
Considerado isto e o oportuno momento, chega a hora de falar sobre as casas que concedem júbilo aos dois luminares. Vamos à abordagem das casas III e IX.
A casa III fala sobre movimento e pequenas viagens. É uma casa cadente e com certo grau de afortunamento, pois aspecta o ascendente através de um sextil. É a alegria da Lua e versa sobre todo o tipo de informações e mensagens, pois o luminar noturno comunica todas as esferas planetárias com o mundo sublunar.
A casa III fala de todo o conhecimento básico sobre o qual podemos ter acesso e nos apropriar. Os nossos irmãos e vizinhos também encontram lugar nesta casa astrológica. Marte possui relação caldaica com a casa III e este fato consolida o pequeno maléfico como um significador essencial de irmãos.
A casa IX também é uma casa cadente e que possui afortunamento, uma vez que aspecta o ascendente através de um trígono. É o templo e a alegria do Sol. Por relação caldaica, a casa IX está ligada a Júpiter. É uma casa astrológica que fala de alto conhecimento e educação superior.
É um local de espiritualidade e religiosidade. As grandes viagens, literais ou figuradas, encontram o seu lugar na casa IX. O estrangeiro e os territórios distantes de nossa morada também são representados pela casa IX.
Apesar de cadentes, as casas III e IX não enfraquecem ou debilitam consideravelmente os planetas que venham a ocupá-las. O conceito de cadência é mais verdadeiro quando depreendido como inconjunção ao ascendente, o que se aplica com perfeição às casas VI e XII.




A casa X - O Meio do Céu



O tema da postagem de hoje é a casa X, que corresponde à porção mais elevada dos céus. A cúspide da casa X é o meio do céu e tal ângulo também é conhecido por Medium Coeli ou culminação. Todos os astros errantes e muitas das estrelas fixas que nasceram no ascendente chegam ao ponto de maior visibilidade e elevação ao encontrarem o meio do céu da carta astrológica através do seu movimento primário.
Este segundo ângulo que abordo fala de nossa reputação, carreira e maiores ações no mundo. A casa X pode ser mais poderosa do que a primeira casa para alguns temas. Nas questões de fama e poder, os astros colocados em proximidade ao meio do céu possuem testemunho preponderante àqueles que se posicionam no ascendente natal.
Na primeira casa, forte e afortunado, o Sol falará a favor de saúde, vitalidade e boa disposição pessoal. Nas mesmas condições e colocado na casa X, principalmente se estiver em conjunção ao meio do céu, o Sol poderá atestar favoravelmente sobre poder. A Lua, respeitadas as mesmas disposições, evidenciará a possibilidade de fama e reconhecimento pelas massas.
Os demais planetas também concederão sua virtude mais forte quando estiverem posicionados na casa X. Vênus e Júpiter fornecem sorte e facilidades, de um modo geral. Marte e Saturno impõem dificuldades que podem ser severas e também ameaçam com acidentes e perda de posições já conquistadas.
O senhor da casa X, juntamente com os eventuais planetas ocupantes da décima casa, atestarão sobre os rumos e eventos que marcarão a vida profissional do indivíduo. Não é por acaso que a casa X é o primeiro local a ser pesquisado quando efetuamos a busca pelo significador de ofício de uma natividade. Os três planetas significadores profissionais são Mercúrio, Vênus e Marte e há um artigo recente no blog sobre o tema para aqueles que desejarem se aprofundar na questão específica da carreira.





A casa XI


Hoje é quinta, dia de Júpiter, o grande benéfico, astro que jubila na décima primeira casa astrológica e por isso falaremos dela neste momento. É a casa do bom espírito e da boa sorte. Sucedente e afortunada, aspecta o ascendente através de um sextil. Na casa XI estão resguardados os nossos maiores sonhos e esperanças. É a casa das bênçãos divinas. Fala de nossos amigos e dos grupos aos quais pertencemos.
Devido ao fato de possuir relação de júbilo com Júpiter, a maior fortuna e significador essencial de riqueza e prosperidade, tem conexão direta com dinheiro. Como se trata da segunda casa a partir da casa X, abriga o tema dos rendimentos oriundos da carreira e da atividade laboral.
De modo totalmente oposto à casa XII, aqui não existem prisões, existe liberdade. Não há temor ou restrições, mas sim, confiança, grandiosidade e expansão. É o templo de Júpiter e toda a sua generosidade e benevolência se agigantam neste lugar.
Até mesmo quando a casa XI é ocupada pelos planetas essencialmente maléficos, que são Marte e Saturno, parece que estes significadores operam, em obediência ao estado cósmico que experimentam na carta, de maneira favorável ao nativo. Assim é, muitas vezes. Uma casa domesticadora das infortunas, abrandadora de sua maldade. É bom estar nos braços de Júpiter. Sempre.

"A grama era mais verde
A luz era mais brilhante
O sabor era mais doce
As noites maravilhosas
Rodeado pelos amigos
A brilhante névoa do amanhecer
A água correndo
O rio sem fim
               Para sempre e sempre"





Créditos da imagem: Clipe da música "High Hopes" da banda Pink Floyd, do álbum "The Division Bell" (1994).


A Casa XII


Hoje vou concluir esta série didática sobre as casas astrológicas falando sobre a última das moradas terrestres. Neste sábado, dia de Saturno, abordo a casa XII. Esta morada é invisível e cadente do ângulo ascendente, representando assuntos indesejáveis e incontroláveis.
A décima segunda casa é a alegria de Saturno, que jubila neste local e rege este sábado que agora começa. A casa XII fala de tudo aquilo que é oculto e secreto, inclusive dos perigosos inimigos que não se manifestam abertamente, da magia mais densa e perigosa e dos nossos profundos desejos inconscientes.
Representa todos os tipos de reclusão e isolamento, que também podem ser induzidos de maneira autoimposta. Todas as grandezas que não controlamos encontram o seu lugar na casa XII.
O sono e a dimensão inconsciente de nossa mente, que por muitas vezes opera de modo desconhecido e desfavorável a nossa existência, estão representados pela décima segunda casa astrológica. Não controlamos os grandes animais e por isto também estes entes são um tema da casa XII.
Créditos da imagem: House, 5ª Temporada. Episódio 24: "Both Sides Now" 

8 comentários:

  1. Por que a casa 4 significa o pai e a casa 10, a mãe ?
    Não seria o contrário ?

    curtindo a página !

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  2. Qualquer planeta domiciliado ou exaltado numa casa maléfica trará prejuízos à vida do nativo, independentemente dele estar mantendo associações tóxicas na carta ?

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    1. Olá Cláudio! A exaltação é uma elevada dignidade celeste. Pode indicar exageros na manifestação do planeta. Sobre a presença de um planeta exaltado em casa maléfica, vai depender muito do estado cósmico completo do planeta. Os astros benéficos essenciais (Vênus e Júpiter) não costumam prejudicar. Marte e Saturno exaltados e em casas maléficas não impedem a ocorrência das más experiências representadas pela casa, mas prometem, ao fim, vitória sobre as dificuldades.

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  3. (...)podem ameaçar a vida através de processos que contrariam a naturalidade do ciclo vital(...)

    Aqui se encaixam as doenças de difícil diagnóstico ?

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  4. Se a casa 11 é o lugar das bençãos e boa sorte o que ocorre quando o planeta esta retrógrado nesta casa? No caso Mercúrio-Virgem.

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