Na manhã desta terça-feira ocorreu o eclipse total da Lua em Touro, no 17° deste signo. O fenômeno atingiu o seu ápice às 08h02min, pelo horário de Brasília. O eclipse foi visível em sua totalidade ao redor do Oceano Pacífico, em países como os Estados Unidos, Canadá, Japão, Indonésia, Austrália, China, ambas as Coreias, dentre outros.
Na maior parte do território brasileiro, somente foi observada a fase penumbral do fenômeno. A carta do eclipse, levantada para Brasília-DF, apresenta o ascendente em Sagitário, com a oposição dos dois luminares, o Sol e a Lua, no eixo de casas VI-XII. O local do eclipse está na sexta casa.
Vênus é o planeta com o maior número de dignidades no local da ocultação da Lua. Júpiter governa os termos do eclipse e rege o ascendente da carta. Estes dois planetas são importantes para a delineação da simbologia do evento, de acordo com obras de autores clássicos, passando por Ptolomeu, Mashallah e William Ramesey.
Marte aparece como o astro mais angular do tema, colocado exatamente em conjunção com o descendente. Júpiter também está angular, posicionado em Peixes e na quarta casa.
Vênus está em Escorpião, ainda combusta e sob a influência do Nodo Sul, na casa XII. Aos poucos, se separa do Sol e se livra de uma quadratura com Saturno. Considerando que a Lua governa a carta do último ingresso solar, em Libra, que o local do eclipse se dá em uma morada de Vênus, que este astro governa o ascendente do tema mundano citado e agora aparece na casa XII, podemos esperar por algum tipo de situação de cerceamento de liberdade, talvez de alguma figura feminina poderosa e proeminente. Isto também é acenado por Marte, regente de XII e angular na carta do eclipse.
Júpiter na casa IV, domiciliado e em signo de água, pode denotar uma maior abundância de chuvas. O grande benéfico não representa tempestades e eventos extremos, mas a boa chuva que fomenta as atividades agrícolas. Estamos sob influência de uma grande La Niña e um regime de chuvas adequado no centro-sul do país nos próximos meses seria uma benesse e tanto.
O eclipse total da Lua afetou toda a região conhecida como Círculo de Fogo do Oceano Pacífico. Considerando o caráter geologicamente instável desta região, a energia demasiada e descontrolada que envolve os eclipses e o elemento terra, triplicidade a qual pertence o signo de Touro, locus do eclipse lunar, é de se esperar por fenômenos singulares e extremos envolvendo terremotos e vulcanismo. Como a área é marítima, fica o alerta para o registro de tsunamis mais intensos.
O signo de Touro está classicamente ligado a países importantes no atual contexto geopolítico mundial, como a Rússia e o Irã. O conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia já se aproxima dos nove meses. O outro eclipse, do Sol em Escorpião, também foi visível na Rússia. Tais eclipses podem acirrar, tensionar e provocar reviravoltas na guerra.
Em dezembro temos a oposição Sol-Marte, que traz a tônica de representação de reis e autoridades versus militares. Marte se reaproximará do eixo de estrelas Aldebaran-Antares. Na última passagem por este local, Marte indicou algumas vitórias e viradas importantes para a Ucrânia no conflito com a Rússia. Este novo alinhamento pode trazer outras reviravoltas e manobras militares decisivas na guerra.
Tais predições podem se concretizar no período de vigência do eclipse. Os eclipses do Sol são convertidos de horas em anos. Os eclipses da Lua recebem a conversão de horas em meses, de acordo com Ptolomeu. Nas regiões de maior visibilidade, podemos esperar efeitos para os próximos seis meses.
Quando ocorre um eclipse, sempre temos a pergunta: vai afetar o meu mapa natal? A grande verdade é que os eclipses são preponderantes para predições em Astrologia Mundial. Os mapas natais de grandes líderes, como reis, presidentes e demais natividades que norteiam o destino de outras pessoas, são mais sensíveis aos efeitos de um eclipse.
Para as pessoas comuns, geralmente não há maior importância de representação para os eclipses. Eles podem trazer o teor de eventos mundanos afetando a natividade com maior força e imprevisibilidade, caso toquem pontos importantes do mapa natal, como o ascendente, meio do céu, Sol, Lua ou Parte da Fortuna. Ainda assim, é necessária a confluência de outras indicações, dadas pelas ativações de cronocratas específicos da carta natal, bem como, singularidades que podem ser avaliadas no estudo do mapa de Revolução Solar, por exemplo.
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