Vênus em Quadratura com Marte e em Oposição a Saturno - Os Encontros e Desencontros do Menor Astro Benéfico em 2020

Nesta semana, no dia de sua própria regência, Vênus formará uma quadratura perfeita com Marte. Os aspectos que envolvem estes dois planetas são bastante comuns, haja vista que se trata de dois astros velozes e com órbitas próximas ao Sol. Porém, neste ano, Vênus e Marte formaram apenas quadraturas. Com os dois astros em movimento direto, se trata do segundo encontro no ano. O primeiro foi em janeiro. Ocorreu ainda uma terceira angulação quartil, com Vênus retrógrada.

Desde então, o mais que imperfeito casal de astros se envolveu em uma série de desencontros. Na quadratura de janeiro, Vênus estava em Peixes, no signo de sua exaltação e Marte em Sagitário, peregrino. Em março, Vênus ingressou em seu domicílio noturno, no signo de Touro. Se lançou na direção de um trígono com Marte, que estava exaltado em Capricórnio. Todavia, antes que o aspecto fosse completado, Marte ingressou em Aquário.

Durante os meses de abril e maio, já no signo de Gêmeos, Vênus ensaiou longamente um trígono com Marte em Aquário, que nunca foi alcançado devido ao movimento retrógrado que o menor astro benéfico assumiu em meados de maio. Em junho, com Marte já colocado no signo de Peixes, a exaltação de Vênus, ocorreu uma quadratura entre os dois significadores, com Marte em movimento direto e Vênus retrogradando no signo de Gêmeos.

Os aspectos frustrados entre Vênus e Marte puderam ser percebidos com maior facilidade na prática da Astrologia Horária. Quando ambos os significadores representavam o querente e o objeto da questão e o aspecto não se completava, era um sinal claro de que o evento, bom ou mau, poderia não ocorrer. Marte trocando de signo antes que Vênus formasse o aspecto poderia significar uma pessoa indo embora antes de estabelecer o contato desejado. Vênus chegando próxima do aspecto com Marte e entrando em movimento retrógrado poderia representar que a pessoa mudaria de ideia e desistiria do assunto almejado.

No final de junho, Vênus reassumiu o seu movimento direto e ingressou em Câncer na primeira semana de agosto. Agora, assim como ocorreu em janeiro, Vênus, que é um planeta naturalmente mais rápido, se aplica por quadratura a Marte, um astro da esfera planetária superior. No encontro do início do ano, Vênus estava repleta de dignidade celeste e Marte era simpático ao seu lugar, pois Peixes é um signo de sua triplicidade. A configuração de agora traz um Marte domiciliado, cuja quadratura com Vênus cai no signo de sua queda, que é Câncer.

Logo, se pode afirmar sobre a quadratura que se aproxima que Marte detesta aquilo que Vênus representa, pois o aspecto que será formado é naturalmente hostil e conflitante, com Vênus ocupando o signo da queda de Marte. Tal configuração não é benéfica aos relacionamentos e facilita rompimentos. Também há uma simbologia de opressão e violência contra as mulheres, de um modo geral. O início de empreendimentos afetivos deve ser adiado.

Além da aflição recebida do pequeno maléfico, Vênus também formará uma oposição com Saturno, na quarta. Vênus ocupa um dos signos de exílio do maior astro maléfico. Se pode dizer que Vênus estará aflita pelos dois astros maléficos. A oposição sem recepção com Saturno fomenta o testemunho de opressão sobre os temas afetivos e traz a representação de términos, perdas e desilusões. É a hora de colocar os pés no chão. Se for começar algo novo nesta área da vida, é melhor esperar Vênus trocar de signo.

A Lua Nova em Leão em 2020

O Sol já ingressou em Virgem e deixou a sua morada celeste ontem. No final da noite da última terça-feira, tivemos mais uma lunação, em Leão, o domicílio do Sol. A carta levantada para Brasília-DF, apresenta o ascendente em Touro, que corresponde à casa V das duas últimas cartas de ingresso solar.

Esta carta tem uma representação mais positiva que a lunação anterior. Em Câncer, o encontro dos dois luminares ocorreu na casa VIII e ascendia a casa XII das cartas de ingresso solar que a precederam. Agora, o Sol e a Lua formam conjunção na casa IV e o ascendente evoca a casa V dos temas de ingresso solar deste ano, ressaltando que no signo de Touro e na primeira carta de ingresso do ano o planeta Vênus estava colocado.

Acima do horizonte estão os três planetas superiores – Marte, Júpiter e Saturno. O pequeno maléfico é a força mais daninha do tema, pois rege e ocupa a casa XII, no signo de Áries. Os dois luminares estão ligados a Marte através de um trígono. A Lua traz a luz de Marte ao Sol. Na casa XII, Marte pode representar algum episódio violento em ambientes de confinamento. Também pode indicar algum surto importante da enfermidade caracterizada como pandemia em ambientes de iguais circunstâncias.

Carta da Lua Nova em Leão em 2020, Brasília-DF.

O Sol rege a casa IV e fala dos partidos que se opõem ao governo. O Sol e Marte formam um trígono e mutuamente se recebem. O contato fluente entre os senhores de IV e XII pode indicar alguma manobra política mais oculta ou maliciosa de entes ligados à dita oposição. Esta representação ganha maior robustez pelo fato da casa IV, que fala da oposição ao governo nos temas de ingresso solar em Áries e Câncer, se dirigir para a casa XII, local onde podemos encontrar Marte na carta da lunação.

A casa IV recebe o foco durante o período, por abrigar a união dos luminares. Este local corresponde à casa VIII dos dois temas de ingresso citados. A oitava casa fala de mortalidade, perdas e do endividamento externo nacional. A lunação ocorre em signo quente e seco e em uma casa ligada às atividades agrícolas. As queimadas ou a falta de chuvas podem prejudicar plantações.

Carta do Ingresso Solar em Áries em 2020, Brasília-DF.

Saturno rege o meio do céu e está em Capricórnio, retrógrado, na casa IX, representando o Poder Executivo no período. Júpiter rege a casa XI e fala das Casas Legislativas. Júpiter está em Capricórnio, em queda, igualmente retrógrado e ao lado do grande maléfico, seu dispositor. Saturno está elevado acima de Júpiter e o domina.

É provável que o governo obtenha vitórias em eventuais votações ao longo do mês. O veto do reajuste dos servidores públicos chegou a cair no Senado, mas logo foi mantido pela Câmara. Há pela frente a costura da votação do veto presidencial da desoneração da folha de pagamento em setembro. Embora o cenário político seja visto como desfavorável ao Executivo no momento, me parece que o governo conseguirá algum acordo a contento com o Legislativo.

A casa IX fala do Poder Judiciário. Saturno rege e ocupa esta casa na carta da lunação. Nas cartas de ingresso, Mercúrio rege a casa IX. Na carta do ingresso solar em Câncer, Mercúrio estava angular, na casa VII. Júpiter em queda e colocado na casa IX pode indicar alguma decisão judicial polêmica ou vexatória. Os Poderes Executivo e Legislativo se relacionam na esfera do outro poder, o Judiciário. Este terceiro, parece estar mais afinado com o governo durante as próximas semanas.

Sobre a pandemia, que se encontra em desconfortável estabilidade no país – elevado número de casos e mortes, apesar de não haver mais crescimento desde o final de junho, início de julho – o período também acena para uma situação mais positiva. O ascendente corresponde à casa V, um local benéfico e que abriga Vênus, a menor fortuna, na carta de ingresso solar em Áries. O planeta regente da casa VI é Vênus, que aparece em Câncer e cadente, na casa III da carta da lunação.

Carta do Ingresso Solar em Câncer em 2020, Brasília-DF.

Mercúrio, que rege a casa VI nos dois temas de ingresso solar do ano, está combusto pelo Sol. Saturno, um significador essencial de enfermidades, epidemias e mortalidade, está cadente na casa IX. Júpiter, regente da casa VIII, está em queda, cadente e retrógrado na IX. O astro de representação mais perigosa é Marte, que alerta para possíveis surtos em ambientes de confinamento – hospitais, prisões, dentre outros. O Sol, regente de VIII nas duas cartas de ingresso mencionadas, aparece angular e em trígono com Marte. Também não é bom. Porém, vejo as indicações positivas se sobrepondo.

A casa V das duas cartas de ingresso solar ascendendo no mapa da lunação evoca temas artísticos, de prazer e entretenimento. No momento não é factível a abertura de cinemas e teatros por aqui, nem nas cidades que estão mais avançadas no controle da pandemia. Todavia, podemos ter boas notícias e perspectivas para o setor até a primeira quinzena de setembro.

Estas são as palavras que deixo para a interpretação deste efêmero período representado pela lunação, que se estenderá até meados de setembro, quando ocorrerá a próxima Lua Nova. Convido a todos para que se inscrevam em meu canal no Youtube. Há um gadget na página inicial do blog que direcionará vocês até lá. Abraços a todos!

Os Trânsitos do Céu de Agosto - A Quadratura Marte-Saturno em Foco

Neste momento ocorre o trígono perfeito entre o Sol em Leão e Marte em Áries, que já se desenhava há algumas semanas. Conforme postei em artigo anterior aqui na página, esta configuração fluente entre dois significadores extremamente quentes e secos e colocados em signos ígneos marcou a ocorrência de um número maior de eventos envolvendo fogo, com elevada potencialidade em muitos casos.

A expansão do calor e da secura ganharam contornos exponenciais após a quadratura formada por Marte e Júpiter no início deste mês. No dia do aspecto partil ocorreu a grande explosão na região portuária de Beirute, no Líbano. Marte é calor e secura em excesso, enquanto Júpiter é um significador essencial de expansão, que, ao ocupar o signo de Capricórnio, a exaltação de Marte, coopera para com o aumento de ocorrências de eventos marciais – fogo, beligerância, militarismo, acidentes, dentre outros.

Marte caminha agora na direção de uma quadratura com Saturno. O contato hostil dos dois planetas maléficos essenciais não possui uma representação afortunada. Neste ano, a configuração chama a atenção pela sua duração. Marte formará o aspecto com Saturno em seu movimento já bastante reduzido no final deste mês. Em setembro começa o seu ciclo de retrogradação, estendendo a quadratura até final de outubro. Marte lança o aspecto em direção ao signo de sua exaltação, que é Capricórnio, mas Saturno dirige a sua luz para o signo de Áries, local de sua queda. A ausência de recepção e a debilidade saturnina maior envolvida tornam a configuração mais severa.

A depender da orbe utilizada, o mês de novembro também poderá ser considerado como ativo para o aspecto. De todo o modo, Marte e Saturno estarão em signos que formam aspecto quartil até Saturno deixar o signo de Capricórnio definitivamente, o que ocorrerá no início de dezembro. O aspecto será repetido com maior rapidez em janeiro, novamente com Júpiter e Saturno, quando Marte ingressar em Touro e enviar a quadratura aos dois planetas mais lentos em Aquário.

Os contatos duros formados por Marte e Saturno – e também as suas uniões através de conjunção – indicam a confluência de significadores de propriedades muito distintas, que concordam apenas no excesso de secura. Marte é rápido, ígneo, colérico. Saturno é lento, frio e melancólico. A palavra que melhor define os maus contatos entre os dois planetas maléficos essenciais é ruptura.

Esta última palavra pode se manifestar na esfera pessoal das natividades de modo bem explícito. Os maus contatos entre Marte e Saturno costumam representar torções e fraturas. Para aqueles que possuem tais planetas ativos de algum modo no momento e a quadratura impor, pelo seu trânsito à carta natal, alguma aflição mais severa, são recomendados maiores cuidados e cautela. A pele, os ossos e os dentes são os locais prediletos para tais rupturas ocorrerem.

Em termos mundiais, a quadratura Marte – Saturno pode representar a ruptura em diversos níveis. Marte indica a possibilidade de insurgência contra velhas estruturas de poder. Porém, neste caso, o trânsito se torna mais importante para as regiões que vivenciam a possibilidade factível de tais conflitos ou estão à beira do colapso de um poder governamental que não possui mais condições de manter a sua estrutura.

Também é conveniente dar atenção às possibilidades de ruptura de estruturas sólidas – Saturno está em um signo de terra – caso das obras diversas de engenharia, como estradas, ferrovias, edifícios e daquelas maiores, de ordem natural, que são as placas tectônicas. Neste último exemplo, atentar ao princípio da realidade, para aferir locais com reais probabilidades de experimentar tais fenômenos. A análise de cartas de ingresso solar e de eclipses são indispensáveis para filtrar o que é importante e verificar quais as regiões que podem ser afetadas e aquelas que não serão.

Para finalizar, um pouco sobre os planetas inferiores e a Lua. Mercúrio se aplica por conjunção ao Sol e estará fortificado no coração do luminar diurno amanhã, experimentando a efêmera dignidade de planeta cazimi. O astro mensageiro passa para o quadrante ocidental e poderá ser observado no céu noturno após o anoitecer no mês de setembro. Vênus está em sua máxima elongação oriental e brilha forte durante a madrugada, nas horas que antecedem o nascer do Sol. O seu brilho é tão forte que ilumina grandes porções de água, como mares e lagoas, quando está pouco elevada acima do ângulo ascendente. A Lua está em Câncer, domiciliada, mas praticamente sem luz O luminar noturno formará uma quadratura com Marte e uma oposição com Saturno antes de deixar a sua morada. Ela encerra o seu ciclo de luz mensal na terça-feira, quando ocorre a Lua Nova em Leão.