segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

O Eclipse Solar do Dia 14 de Dezembro de 2020 - Algumas Notas Pessoais e Mundanas, Incluindo o Cometa Erasmus

Hoje à tarde temos eclipse total do Sol. É o segundo do ano e o primeiro que afeta o continente sul-americano. No início deste mês escrevi um artigo sobre tal fenômeno e que vocês podem encontrar aqui em meu site

A ocultação do luminar diurno ocorre no 24º do signo de Sagitário. Para além das previsões mundanas indicadas, muitos me questionam acerca das possíveis implicações pessoais do eclipse, em suas natividades.

E eclipse é um evento astrológico dos mais importantes. Menor do que a grande conjunção que se aproxima, com toda a certeza. Entretanto, a escala destes eventos, assim como a dos ingressos solares, afeta o planeta em sua estrutura física, bem como, as suas populações e os demais seres vivos.

Ptolomeu assevera que um eclipse dos luminares pode ser pessoalmente importante se envolver, através de conjunção ou oposição, o ascendente, o meio do céu, o Sol e a Lua. A ênfase maior se dá quando há envolvimento dos luminares, para este autor.

Eu acrescentaria a Parte da Fortuna e, também, outros planetas relevantes e pessoais da carta natal, como o senhor do ascendente e o Almuten Figuris. Se tais astros estiverem ativos pelas técnicas preditivas maiores, como as Direções Primárias e Firdaria, este toque dado pelo eclipse pode representar mais energia e movimento aos planetas ativados nos próximos meses.

Todavia, o tamanho da natividade também deve ser mensurado. Estamos falando de um homem comum, sem poder de decisão sobre o destino de muitas pessoas ou de um rei ou presidente de uma nação qualquer? Os resultados pessoais de um eclipse serão completamente distintos em magnitude, conforme a natureza e dimensão da genitura.

O rei poderá criar uma onda que afetará milhões de pessoas. O homem comum pode ser uma das pessoas mais afetadas por esta onda, criada pelo monarca. Aqui, pensando em duas natividades fortemente movimentadas por um eclipse, mas com projeção mundana totalmente oposta.

De todo o modo, deixo o alerta para aqueles que possuem tais planetas e pontos elencados em seus mapas natais no grau do eclipse, em Sagitário, e no grau oposto, em Gêmeos. A visibilidade do evento e o grau de obscurecimento do luminar são critérios que auxiliam a diferenciar a potencialidade de influência do fenômeno. A angularidade do eclipse, também. Um eclipse ocorrendo sobre o ascendente natal ou em sua oposição e alocado no ascendente da região que experimenta o eclipse acaba por somar indicações de relevância ao evento.



Foto do cometa Erasmus, capturada em Torres-RS, pelo fotógrafo Gabriel Zaparolli


Agora, eu gostaria de tecer mais algumas ideias sobre outras particularidades do eclipse de hoje, em termos mundiais. Em que pese toda a calamidade que acompanhou o ano de 2020, o céu nos foi generoso com belos espetáculos. Além de eclipses, experimentamos o aparecimento de cometas, caso mais expressivo do Neowise, que brilhou forte pelos céus após o grande eclipse solsticial do último dia 21 de junho. Teremos a grande conjunção Júpiter-Saturno em uma semana também.

Chama a minha atenção o recém descoberto cometa Erasmus, que adentra a órbita de Mercúrio e conquista maior magnitude durante as madrugadas que antecederam o eclipse solar de hoje. Erasmus é visível logo antes do nascer do Sol, passando por Sagitário, o signo do eclipse.

Registrado a olho nu e através de fotos, Erasmus apresenta a cor verde, análoga a Júpiter, de acordo com William Lilly. Mercúrio também é relacionado como regente de outros tons esverdeados. Podemos vislumbrar isto na obra de Vettius Valens. Para outros, como Al Biruni, é Vênus quem possui a regência sobre o verde e suas variantes. Todavia, o mesmo autor relaciona pedras preciosas e compleições da cor verde ao planeta Mercúrio.

Tal cometa apareceu no oriente hoje, antes do Sol cruzar o ascendente. Ptolomeu assevera sobre a importância de tais corpos celestes, visíveis no dia ou no momento do eclipse dos luminares. A orientalidade concede uma representação rápida a Erasmus. Ptolomeu relaciona tais corpúsculos a Mercúrio e a Marte, com indicações de produção de secas, clima quente e belicosidade.

Um corpúsculo de tão pequena magnitude é de tamanho grau de dificuldade de observação em grandes e médios centros urbanos contemporâneos. Entretanto, devemos observar e analisar os céus do mesmo modo que faziam os grandes mestres mais remotos da Astrologia, livres da poluição atmosférica e luminosa. Analisando o eclipse de hoje e observando a aparição de um cometa no oriente, certamente fariam as suas pertinentes considerações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário