segunda-feira, 11 de maio de 2020

O Movimento Celeste dos Planetas em Maio de 2020 - Novos Trânsitos e Ciclos de Retrogradação

Esta semana que se inicia traz mudanças para o estado celeste e movimento de cinco astros errantes. Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno são os planetas que experimentarão tais circunstâncias.
Mercúrio está em Touro, combusto pelo Sol e em condição de generosidade com Vênus, pois ambos os planetas ocupam o domicílio um do outro, sem formar aspecto. Amanhã à noite, Mercúrio ingressará em Gêmeos e se tornará um planeta domiciliado. Se afastando da luz do Sol e em sua própria casa, Mercúrio ganha força e pureza para melhor representar os seus predicados essenciais.
Comunicação, raciocínio e exercício do intelecto voam alto com Mercúrio disposto em um signo humano e domiciliado. Mercúrio formará um trígono com Saturno em Aquário, indicando a facilidade do aprofundamento do intelecto e a possibilidade de realização de estudos sérios e profundos. Reflexões densas e racionais também são acenadas por esta configuração.
Vênus está estacionária e brilhante no 22º grau de Gêmeos e começa o seu ciclo de retrogradação na terça-feira. Durante o movimento retrógrado, Vênus também se torna combusta pelo Sol. Se trata de uma aflição severa a Vênus, pois o menor astro benéfico discorda totalmente do luminar diurno em suas propriedades essenciais e de séquito. O Sol é quente e seco, masculino, diurno. Vênus é fria e úmida, noturna.
A retrogradação de Vênus é considerada um evento mais raro. Mercúrio experimenta o movimento retrógrado três vezes por ano e, pela sua ciclicidade trivial e parcial concordância elementar com as qualidades primitivas do Sol, o astro mensageiro não se aflige muito durante a combustão. Vênus a retrogradar é semelhante a uma mulher a regressar, a mudar de ideia. Pode representar uma desistência na seara afetiva ou a reconsideração de oportunidades. A combustão aflige Vênus e seus significados românticos mais puros. Todavia, pode indicar encontros afetivos escondidos. Plano real e virtual devem ser considerados. Vênus se torna combusta na última semana de maio.
Outro planeta que mudará de signo é Marte. Depois de formar a maléfica conjunção com Saturno em Aquário em 31 de março e transitar pelo signo de ar saturnino por quarenta e cinco dias, Marte ingressará em Peixes na próxima quarta-feira. Em Aquário, Marte é um planeta peregrino, que encontra na figura de Saturno um dispositor maléfico e forte. A passagem de Marte por um signo de ar, somada à conjunção com Saturno, marcou o período de maior ascendência, em nível mundial, do curso da pandemia. Uma peste que se propaga pelo ar.
Em Peixes, Marte ganha a dignidade de triplicidade noturna e tem dois planetas benéficos como seus dispositores. Ainda que Vênus e Júpiter não estejam bem no momento, a melhora no estado celeste de Marte, no local de dignidade das duas fortunas e livre dos raios e da dominação de Saturno, pode auxiliar a representar um momento de refreamento da propagação do vírus e das taxas de contaminação. Cabe lembrar que a doença que marca a atual pandemia tem um período de incubação estimado em até 15 dias.
Logo, mesmo saindo de Aquário, as possíveis melhoras assinaladas pelo trânsito de Marte em Peixes demorarão mais de uma quinzena para mostrar algum resultado em nossa realidade. Entendo desta forma, principalmente, porque em seu trânsito por Peixes, Marte formará uma conjunção com Mercúrio da carta de ingresso solar em Áries. Mercúrio rege a casa VI desta carta e o contato de Marte com este significador não é bom em termos de saúde pública. Mais alguns picos antes de estabilização ou queda, um cenário melhor poderá ser visto em junho, na segunda quinzena, depois que Marte se afastar totalmente da posição de Mercúrio do tema de ingresso. Considerar o período de latência da enfermidade.

Carta do Ingresso Solar em Áries em 2020, Brasília-DF.

Júpiter e Saturno assumirão o movimento retrógrado nesta semana também. O grande maléfico começou a sua retrogradação nesta madrugada. Júpiter entra em movimento retrógrado na quinta-feira, no dia de sua regência. A retrogradação dos planetas superiores, especialmente de Júpiter e Saturno, deve receber uma conotação de debilidade mais leve. O Sol caminhará na direção da oposição destes dois astros e eles ficarão cada vez mais brilhantes no céu. A retrogradação de Júpiter e Saturno dura em torno de quatro meses.
Júpiter está em queda, no signo de Capricórnio. Para um astro que já experimenta uma debilidade celeste maior, a retrogradação pode ganhar uma representação uma pouco mais negativa. Júpiter está em um signo regido pelos dois planetas maléficos e nos termos de Marte, o maléfico que lhe dispõe por exaltação. Em julho, Júpiter passará em movimento retrógrado pelo 23º de Capricórnio, onde se deu a conjunção Marte-Júpiter, no ascendente da carta de ingresso solar em Áries. Isto ocorrerá em meados de julho e já teremos a carta do ingresso solar em Câncer para analisar. O efeito superlativo e corrompido de Júpiter em contato com um significador maléfico e pandêmico, que é Marte, indica que devemos redobrar os cuidados em cenários de eventuais medidas de relaxamento sanitário neste período.
Saturno, além de retrogradar, voltará ao seu outro domicílio, que é Capricórnio. Isto ocorrerá no primeiro dia de julho. O ingresso definitivo de Saturno em Aquário ocorrerá apenas em dezembro, em data próxima ao ingresso solar em Capricórnio e da grande conjunção Júpiter-Saturno deste ano. Abu Ma’shar compara Saturno em movimento retrógrado a um homem que se humilha completamente. Há a tendência de que Saturno retrógrado signifique o gradativo afrouxamento das medidas de isolamento e restrições. Isto será mais palpável quando ele abandonar o signo humano de Aquário, em julho. Como senhor da casa II da carta do ingresso solar em Áries deste ano e ocupante de sua morada fria e seca, de extrema materialidade, que é Capricórnio, há indícios de focalização na seara econômica e sua recuperação a partir de então.


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