Hoje pela manhã ocorre o ingresso de Júpiter no signo de Capricórnio. A mudança no estado celeste do grande benéfico é extrema, uma vez que Júpiter sai do seu principal domicílio, que é Sagitário, e passa a ocupar o local de sua queda, em Capricórnio. Nem todas as debilidades celestes maiores, de exílio ou queda, são extremamente ofensivas ao significador. No caso da queda jupiteriana, contudo, isto não pode ser afirmado. Júpiter, que é um planeta masculino, do séquito solar e cujas propriedades essenciais são quentes e úmidas, se torna muito ofendido e contrariado em um signo frio e seco, cujos dispositores são os dois planetas maléficos, Saturno e Marte.
Júpiter é um significador essencial de boa fortuna, prosperidade, riqueza, otimismo, alegria, fertilidade, fé, espiritualidade e conhecimento. No local de sua queda, muitos dos seus predicados naturais são desvalorizados e relegados a um plano de desapreço. Capricórnio é um território saturnino, frio e seco, um deserto que não abre espaço aos alegres e expansivos valores jupiterianos. Talvez apenas o desejo pela riqueza e por prosperidade material não sejam abatidos, considerando a profunda natureza material de Saturno e do signo de Capricórnio. Ainda assim, estes valores ganham uma conotação mais pessimista e avarenta, ainda que possa representar a produção de bons resultados respeitantes a estes temas.
Marte também é um dos senhores de Capricórnio, pois se exalta neste signo meridional. A violência representada pelo pequeno maléfico e sua fortaleza contrariam os ideais de misericórdia, fé e conhecimento simbolizados por Júpiter. Se houver uma prática espiritual, provavelmente será transladada para um sentido combativo e produtor de conflitos. Há uma forte tendência para o descrédito e a descrença.
Em termos mundanos, a queda de Júpiter pode indicar um período de maior escassez de recursos, crises econômicas, inflação, endividamento estatal, destituição de direitos sociais, políticas de austeridade fiscal, quedas e derrotas de governos progressistas e de tintura ideológica à esquerda e o fortalecimento de regimes governamentais conservadores e à direita em seu espectro de práticas político-econômicas. Convém lembrar que a grande crise econômica que atingiu os Estados Unidos em 2008 e se seguiu em efeito dominó pelo mundo nos anos subsequentes ocorreu com Júpiter colocado em Capricórnio no céu.
Em termos mundanos, a queda de Júpiter pode indicar um período de maior escassez de recursos, crises econômicas, inflação, endividamento estatal, destituição de direitos sociais, políticas de austeridade fiscal, quedas e derrotas de governos progressistas e de tintura ideológica à esquerda e o fortalecimento de regimes governamentais conservadores e à direita em seu espectro de práticas político-econômicas. Convém lembrar que a grande crise econômica que atingiu os Estados Unidos em 2008 e se seguiu em efeito dominó pelo mundo nos anos subsequentes ocorreu com Júpiter colocado em Capricórnio no céu.
Em 1929, na maior crise enfrentada pelo sistema capitalista até hoje, Júpiter acabara de ingressar em Gêmeos, um dos seus locais de exílio. Em comum, os anos de 1929 e de 2020 tem Júpiter em mau estado celeste e a colocação iminente ou plena de Saturno no signo de Capricórnio. Por este viés, e apenas por ele, me parece que a configuração que se apresenta para 2020 seja um pouco mais rigorosa, pois Júpiter está mais aflito e debilitado no signo de Capricórnio e ao lado de Saturno, do que em Gêmeos.
Outra consequência direta do ingresso de Júpiter em Capricórnio pode residir no aumento dos episódios de violência. O grande benéfico é um significador superlativo e a sua posição, com debilidade celeste maior agregada e deturpação de seus valores essenciais no signo da exaltação de Marte, pode contribuir favoravelmente para o militarismo e a ocorrência de guerras. Atualmente, Marte é o único planeta superior no hemisfério oriental e a sua disposição no signo de Escorpião, seu próprio domicílio e alegria, fomenta estratégias e manobras militares bem sucedidas. Quando estiver colocado em Capricórnio, haverá um sextil entre Marte e Júpiter, conectando os dois planetas e os colocando em circunstância cooperativa.
Neste momento, o mal se torna mais forte do que o bem. Marte e Saturno estão em seus próprios domicílios e Vênus e Júpiter, colocados em Capricórnio, estão à disposição dos dois planetas maléficos. Aqui, precisa ser frisado que os planetas maléficos não representam necessariamente eventos ruins. Desagradáveis, certamente. O mesmo entendimento cabe aos planetas benéficos, nem sempre bons, mas sempre agradáveis. Com este céu é necessário ficar atento, além de tudo o que foi dito, para as decisões governamentais em todas as esferas. O último mês do ano no Brasil não raramente marca a aprovação de projetos e leis, no apagar das luzes, que geralmente estão carregados de malícia e prejuízo à população. Convém ficar atento ao que se passa em Brasília, nos estados e municípios. A malícia das proposições tende a estar ainda maior este ano, com chances de causar danos mais profundos à população, em geral. Muita atenção para a criação de novas taxas, impostos, aumento desnecessário de despesas governamentais e cortes de direitos sociais ou que atinjam a carreira de determinadas categorias.
Mas, nem tudo é preocupação. O ingresso de Júpiter em Capricórnio pode ser positivo em termos pessoais para muitas natividades. Para aqueles que nasceram com o grande benéfico neste signo ocorrerá o retorno de Júpiter e algum benefício poderá ser usufruído agora, ao contrário do que aconteceu durante o trânsito de Júpiter em Sagitário, cuja posição era inconjunta àquela do mapa natal. De um modo geral, os nativos que possuem planetas e pontos importantes de suas natividades no signo de Capricórnio podem gozar de algum benefício e alívio ao longo deste trânsito. Os signos cardinais vêm sendo castigados há quase dois anos pelo trânsito de Saturno em Capricórnio. Aqueles que possuem tais posicionamentos em suas natividades nos signos de Touro e Virgem receberão o trígono de Júpiter. Tais colocações em Escorpião e Peixes receberão o seu sextil. É benéfico, respeitado o estado celeste de Júpiter.
Durante a elaboração deste artigo, ouvi uma música e assisti ao seu clipe, que vai totalmente ao encontro de todas as ideias que expus aqui sobre o ingresso de Júpiter em Capricórnio. Ganância, materialismo, repressão, opressão social, guerra, falência, incredulidade e perda da fé. Nietzsche disse que Deus estava morto. Ozzy Osbourne não afirmou, mas perguntou, na cancão “God Is Dead?”, composta por Geezer Butler, do álbum “13”, da banda “Black Sabbath”. É com esta canção e vídeo que vos deixo para uma reflexão final. Diante dos cenários que nos surpreendem a cada dia, o maior desafio reside em manter a fé na humanidade e na sua capacidade de bem tratar os seus pares e resolver as celeumas de ordem global que, cada vez com maior ênfase, sitiam a todos nós.
Excelente exposição. Parabéns.
ResponderExcluirGrato pela presença e pelas palavras, Malvada. Seja sempre muito bem vinda. Abraços!
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