Quando analisamos um determinado ano astrológico, para o qual estão acenados eventos através da atualização da
determinação dos planetas através das técnicas preditivas, geralmente ronda uma
questão: quando, de fato, o evento ocorrerá? A datação de eventos não é uma
tarefa fácil na Astrologia, mas existem algumas técnicas auxiliares que
permitem aos estudantes e astrólogos a maior aproximação possível da data do
evento. Jamais devemos esperar por uma precisão de dia e hora. Infelizmente
isto raramente ocorre. Acertar o mês e a semana do evento já é algo
espetacular.
Uma técnica auxiliar de extrema valia é a
direção da profecção. O ascendente profectado sempre é lançado para o mesmo
grau que o signo ascendente ocupava no mapa radical. Entretanto, para datar
eventos, podemos dirigir este ascendente profectado, em uma razão temporal de
aproximadamente um (01) grau a cada doze dias. À medida que este ascendente
avança, ele encontra termos planetários distintos, bem como, pode chegar ao
aspecto ou conjunção de um determinado planeta, pela sua posição revolucional
ou natal. Se Júpiter promete algum evento e é regente do ano, por exemplo, temos
maiores chances de realização quando, através das direções da profecção, o
ascendente atravessar os termos de Júpiter. Se em sua trajetória o ascendente
profectado em direção encontrar a luz do próprio planeta em questão, o
testemunho favorável ao evento é ainda maior. Se houver a combinação entre o
encontro da luz do planeta representante do evento e a direção pelos termos
regidos pelo referido astro, teremos maior convergência ainda em favor da
realização do evento prometido.
Outra técnica auxiliar bem difundida se
refere à divisão do ano revolucional em sete grandes semanas, de
aproximadamente 52 dias cada. Cada planeta rege um destes grandes períodos,
começando sempre pelo planeta que rege o ascendente do mapa de Revolução Solar
e seguindo pelos demais através da ordem caldaica. Quando o planeta assume o
comando sobre a grande semana, traz a sua tônica para o período. Se for o
planeta regente do ano através da Profecção ou outro astro que esteja ativado e
prometa eventos, a sua grande semana é uma época propícia para a materialização
de suas promessas. Esta técnica auxiliar requer a combinação com as direções da
profecção para que se mostre mais efetiva, mas é sempre útil em casos de
desambiguação, nos quais existe dúvida se o evento prometido ocorrerá em uma ou
outra data aferida.
Os mapas de retorno lunar também são um
recurso a parte quando se necessita datar os eventos. Nestes casos, deve haver
a procura por padrões de repetição que deem ênfase ao planeta que prometa o evento
ou que enalteça a configuração natal ou revolucional da qual se originou a
previsão, proporcionando a sua atualização e datação com maior nível de
precisão.
Enfim, estes são os
recursos que utilizo. Existem outros. Os trânsitos não podem ser menosprezados
também. Muitas vezes a sintonia fina de um evento é disparada a partir de um
trânsito da Lua, principalmente por angulação tensa e em direção ao planeta
promitor do evento. Seguimos em busca da perfeição e da maestria nas previsões astrológicas,
embora cientes de que a tarefa é deveras complexa. Este ajuste de múltiplos
ponteiros requer tempo, prática e muita paciência.
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