Na noite do último domingo, ocorreu o ingresso do Sol no signo de Câncer. É um dos dois solstícios anuais, marcando o início do verão no hemisfério norte e a entrada do inverno nas latitudes do sul.
A carta, levantada para Brasília-DF, às 00h32min, apresenta o ascendente em Áries, no mesmo grau da carta do ingresso de março. Marte, regente por domicílio e face do ascendente e lançando um trígono a este local, é o senhor do período.
Marte está colocado em Leão, na casa V e se aplica por oposição a Saturno em Aquário, retrógrado na casa XI. Aqui temos uma representação de povo ou país versus seu governante. O senhor do ascendente forma uma oposição com o planeta regente da décima casa.
O Poder Executivo é representado por Saturno, que recebe a oposição de Marte. Saturno, além de reger a casa X, tem poder sobre a XI, a qual ocupa. Pode ser a figura do Presidente se valendo de sua influência no Poder Legislativo.
As aflições que Saturno recebe de Marte e da Lua impõem antipatia popular e fortalecem a oposição sobre o governo. A Lua aparece em Escorpião, na casa VIII, transferindo os raios de Marte por quadratura a Saturno. O discurso se endurecerá diante dos desdobramentos fatais da pandemia em curso.
O Sol está angular, assim como ocorreu na carta do ingresso solar em Áries. De acordo com William Ramesey, quando o Sol está na casa IV e ocupa um signo de água em um tema de ingresso, se deve esperar por um clima mais seco predominante. Marte, como o senhor do período e se envolvendo por aspecto aflitivo com Saturno, também denota a escassez de chuvas.
As oposições entre Marte e Saturno costumam se relacionar em Astrologia Mundial com o rompimento de estruturas. Falo da própria crosta terrestre, de pontes e prédios, em um sentido mais literal. Também pode representar as revoltas e os levantes contra governos constituídos e figuras detentoras de poder.
Ontem ocorreu a queda de um prédio em Miami, nos Estados Unidos. Se analisarmos a carta do ingresso solar em Câncer para Washington, capital norte-americana, a oposição Marte-Saturno ocorre no eixo de casas I-VII. Quando estão colocados nos ângulos, os dois astros maléficos têm maior propriedade para indicar acidentes severos. Neste caso, estou considerando os signos inteiros e me apegando pouco a orbe dos planetas.
Sobre a pandemia, duas configurações são desfavoráveis. Marte, o senhor do período, se aplica por oposição a Saturno, um significador essencial de mortalidade. A Lua, que representa as pessoas em geral, está colocada no signo de sua queda, em Escorpião, na casa VIII, ligada às duas infortunas.
Em termos positivos, encontramos Mercúrio, regente da casa VI da carta de ingresso, no seu domicílio em Gêmeos, na casa III e com a Cabeça do Dragão. A cadência, retrogradação e a ausência de maiores aflições a Mercúrio são positivas para representar uma amenização da pandemia. Júpiter rege e ocupa a casa XII. Está em Peixes e em movimento retrógrado. Pode atestar favoravelmente para uma melhoria das condições hospitalares. Como temos indicações conflitantes, há de se ter cautela.
A Economia parece bem. Vênus governa a casa II e aparece na casa IV, angular e livre de aflições. É boa para representar negócios e mais dinheiro à disposição do povo. O agronegócio deve fomentar a riqueza nacional mais uma vez.
Estas eram as minhas colocações acerca do ingresso solar em Câncer. Não deixem de acompanhar também o meu conteúdo exclusivo no Facebook, Instagram e Youtube. Até breve, leitores!