terça-feira, 12 de novembro de 2019

A Quadratura Marte-Saturno e o Eclipse Total do Sol do Dia 02 de Julho de 2019 - O Contexto Sul-Americano


A quadratura exata entre Marte e Saturno ocorreu há duas semanas, no dia 27 de outubro. Nas últimas semanas, diversos movimentos sociais envolvendo violência, militares (Marte) e democracia, sistema legal e poder (Saturno) ganharam a sua representatividade na esfera mundana.
O Chile, o Equador e a Bolívia são os países sul-americanos que materializaram tais eventos com maior ênfase. De um modo geral, há revolta para com o poder instituído e suas medidas para com a sociedade, independentemente da tintura ideológica do governo constituído.
As massas (Lua) têm conseguido avanços e concessões e parecem mais fortes que os sistemas de repressão. Saturno, que também pode ser considerado como um significador democrático, está mais forte que Marte e o recebe. A democracia é a vontade do povo e ela tende, por este testemunho, a prevalecer.
No Brasil não há aceno, por ora, para eventos de tal natureza. Todavia, a Suprema Corte brasileira decidiu acerca de cernes constitucionais (Saturno) envolvendo o cerceamento (Saturno) mais célere (Marte) ou demorado (Saturno) da liberdade daqueles condenados em ações penais. A prisão em segunda instância deixou de ser aplicada e o ex-presidente Lula ganhou a liberdade na última sexta-feira, dia 08 de novembro.
É interessante lembrar que o eclipse total do Sol de 02/07/2019 escureceu diversas capitais da América do Sul, com ênfase para Santiago dentre os países citados. Outra capital que experimentou o eclipse quase que em sua totalidade foi Buenos Aires. A Argentina enfrenta severa crise econômica, já experimentou diversos protestos e elegeu a chapa de oposição e de esquerda formada por Alberto Fernández e Cristina Kirchner para ocupar a Presidência do país no dia em que Marte e Saturno formaram a quadratura partil.



No último domingo, dia 10 de novembro, Evo Morales renunciou ao cargo de Presidente da Bolívia. Há vácuo de poder no momento e a violência se alastra pelas ruas, colocando em lados opostos as forças que levaram à destituição do poder presidencial e os antigos apoiadores de Morales. Há riscos de uma escalada maior de confrontos e consequências ainda mais severas do que aquelas observadas no Chile.
De julho até o momento, poucos países sul-americanos obscurecidos pelo último eclipse solar total estiveram livres de experimentar a representação dos seus efeitos na esfera governamental. Além dos estados nacionais citados, observamos o caso do Paraguai, onde a chapa composta pelo presidente Mario Abdo Benítez e seu vice Hugo Velázquez quase sofreram processo de impeachment devido às relações envolvendo a compra de energia da hidrelétrica de Itaipu e o governo brasileiro, em agosto. No Peru, o presidente Martín Vizcarra destituiu o Congresso e convocou novas eleições em 30 de setembro. O Uruguai terá um segundo turno eleitoral em suas eleições presidenciais no dia 24 de novembro, que poderá colocar fim aos quase 15 anos de governos de espectro ideológico de esquerda.
Outros países e regiões do mundo também vêm experimentando convulsionamento social, caso de Hong Kong, Catalunha, Iraque, Líbano e Haiti. Em comum, revoltas diante de atos discricionários governamentais, corrupção, economias em queda e solapamentos de direitos sociais. Todas estas regiões parecem estar muito distantes de uma solução a curto prazo.
Voltando à América do Sul e para finalizar o artigo, pode ser dito que o Brasil e a Colômbia ainda não vivenciaram materializações mais severas do eclipse solar de julho. Todavia, entendo que estas possibilidades não estão totalmente afastadas dos dois países. A Venezuela ficou fora da região eclipsada. Entretanto, apesar de mais distante dos efeitos da ocultação dos luminares, o país ainda liderado por Nicolás Maduro está muito distante da estabilidade econômica, social e política. Seguimos vigilantes diante dos próximos movimentos dos céus e daqueles que ocorrem na Terra e evocam pregressas configurações celestes.



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