Ontem, no dia 20 de março, às 18h58min, ocorreu o
início do ano astrológico com o ingresso do Sol no signo de Áries. A carta de
ingresso, para Brasília-DF, apresenta o ascendente no signo de Libra, nos
termos de Mercúrio. Um signo cardinal no ângulo leste do tema mundano acena
para a necessidade de analisar as cartas de todos os ingressos equinociais e
solsticiais do ano.
Vênus, planeta regente do ascendente, está posicionado
na casa V da carta de ingresso solar, no signo de Aquário e nos termos de
Marte. Vênus se aplica por quadratura a Marte, que ocupa o signo de Touro, na
casa VIII. Esta configuração não é positiva para os rumos do país. Ainda que
Marte ocupe um signo de Vênus, não há recepção configurada.
Marte rege a casa VII e poderá ocorrer litígios com o
exterior. A má relação do senhor do ascendente da carta com o planeta regente
da casa VII pode abalar relações diplomáticas, comerciais, militares e
geopolíticas com outros países. Marte também rege a casa II e, através da
relação aflitiva formada com Vênus, mostra má gestão dos recursos do país. A
sua colocação na casa VIII não é favorável à Economia e testemunha
favoravelmente ao endividamento e dilapidação dos recursos do país.
Saturno está colocado na casa IV da carta de ingresso
solar. Assim como ocorreu no mapa de ingresso solar no signo de Capricórnio em
dezembro de 2018, Saturno aparece em uma casa angular e é, por este testemunho,
o planeta mais forte da carta. A sua potencialidade, contudo, é menor do que
aquela que fora assinalada para o período anterior, quando ocupava exatamente o
ângulo descendente do tema mundano.
Na quarta casa da carta e em conjunção com o nodo
sul, no seu próprio domicílio no signo de Capricórnio, Saturno testemunha
contrariamente à produção agrícola. O período poderá ser marcado por secas e
outros fatores ambientais que diminuam as atividades produtivas no campo.
Saturno envia uma quadratura em direção à casa VII e à Parte da Fortuna, que
estão no signo de Áries, a sua queda. As relações comerciais poderão ser
prejudicadas pela materialização de eventos assinalados pela sua natureza fria
e seca.
A casa IV representa os partidos e figuras de
oposição ao governo instituído. A oposição que Saturno lança em direção à casa
X da carta de ingresso solar, cujos raios caem no signo de Câncer, local de seu
exílio, a partir de sua posição em seu próprio domicílio e em casa angular,
assinala o processo de endurecimento da oposição ao governo. A aprovação de
reformas podem se tornar mais difíceis e desgastantes a quem detém o poder,
cabendo diversas concessões para concretizá-las. A Lua, planeta regente da casa
X, ocupa a casa XII desta carta mundana, fora de curso. O testemunho lunar
denota enfraquecimento e perda de popularidade e autonomia para o governo.
No momento em que escrevo, são publicadas diversas
notícias sobre a prisão do ex-presidente Michel Temer. A presença da Lua na
décima segunda casa da carta de ingresso solar, com poder de regência sobre a
casa X, testemunha sobre a queda de figuras de popularidade e poder, com possibilidade
de encarceramentos. Novas prisões relevantes podem ocorrer durante o período.
A Lua é um significador essencial do povo. A posição deste
luminar na casa XII é debilitante e aflitiva para a nação brasileira. A
colocação de Vênus, senhor do ascendente e representante dos rumos do país nos
próximos três meses em configuração aflitiva com Marte, corrobora com a mesma
sorte para os temas nacionais. Mercúrio, senhor dos termos do ascendente,
posicionado na casa VI, retrógrado, em detrimento e queda, não agrega elementos
que contraponham aos testemunhos anteriormente citados.
Júpiter aparece na casa III, no seu próprio
domicílio, no signo de Sagitário e em sextil ao ascendente da carta. Podem ser
implementadas melhorias que beneficiem o país em seus sistemas de comunicação,
viário e de transportes.