No último final de semana, muito se falou no singular alinhamento planetário. Antes do amanhecer, é possível observar os cinco astros visíveis, que são Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. A Lua também se uniu à configuração.
Como astrólogo tradicional, sempre incentivo a observação do céu. A gênese e desenvolvimento do meu trabalho estão intimamente conectados a este espírito empírico.
Todavia, ao contrário de algumas publicações encontradas em portais de comunicação, o alinhamento planetário não tem implicações astrológicas. Além da rica observação do céu, a singular reunião dos astros permite a abordagem de conceitos importantes na Astrologia. Falo da orientalidade e ocidentalidade dos planetas.
Neste momento, todos os planetas estão orientais. Isso quer dizer que todos os astros errantes nascem antes do Sol. Se, após o pôr do Sol, os planetas estivessem visíveis, mergulhando no descendente, diríamos que estão ocidentais.
Mercúrio e Vênus vão para o hemisfério oriental durante o movimento retrógrado e lá permanecem até formarem a conjunção superior com o Sol. Marte, Júpiter e Saturno se tornam orientais desde a conjunção com o Sol, permanecendo neste hemisfério até a oposição solar, quando estarão retrógrados.
A orientalidade remete à força, rapidez e ao caráter precoce de manifestação dos planetas. Marte, Júpiter e Saturno se tornam fortes e poderosos quando estão orientais, especialmente a partir de sua ascensão heliacal.
A ocidentalidade fala a favor de uma manifestação mais tardia na vida. Não se pode associar diretamente à falta de força ou demora, pois, um planeta oriental e à iminência de se tornar retrógrado, guarda esta representação com maior propriedade.
Mercúrio e Vênus ficam bem colocados quando estão ocidentais. Já formaram a conjunção com o Sol e conquistam a sua luz novamente, no céu vespertino. Quando estão orientais e já recuperaram o movimento direto e a velocidade, também estão afortunados.
Outras condições experimentadas pelos planetas devem ser levadas em consideração para verificar se a manifestação de um determinado significador será mais rápida ou tardia. Por exemplo, os planetas angulares costumam ser enfáticos e precoces na vida. Os planetas cadentes podem indicar temas que se materializam com o passar dos anos.
Os planetas quando estão colocados em seus domicílios, tendem a representar a sua natureza com durabilidade e pureza. Os signos fixos também atestam para o caráter duradouro de um assunto ou tema. Reunindo conceitos, se um planeta estiver oriental, rápido em seu movimento e em signo cardinal, indicará eventos muito precoces e poderosos. De modo contrário, um astro cadente, ocidental, com pouca velocidade e em signo fixo, pode demorar muito tempo até produzir seus efeitos.
Vamos observar a carta astrológica abaixo. Quais são os planetas orientais e ocidentais? O que podemos esperar em termos de manifestações e efeitos mais precoces e tardios com base nesta natividade? Deixem as respostas e dúvidas nos comentários.