Ontem à tarde ocorreu a Lua Nova no
signo de Câncer. É a segunda vez que os dois luminares se encontram
no domicílio lunar este ano. Em junho, esta conjunção marcou a
ocorrência do eclipse anular do Sol na África e na Ásia. Em meu
canal no Youtube vocês podem encontrar um vídeo sobre o tema.
Lançarei em breve um artigo sobre os desdobramentos deste evento em
meu site.
A carta da lunação em Câncer não é
positiva. A união do Sol com a Lua ocorreu na casa VIII e no oitavo
signo da figura levantada para a capital brasileira. O ascendente
corresponde à casa XII das cartas de ingresso solar em Áries e
Câncer. A lunação se deu em oposição exata a Saturno, que está
domiciliado e retrógrado no signo de Capricórnio, na casa II do
tema.
A casa VIII fala sobre morte e, em
Astrologia Mundana, fala especificamente sobre as taxas de
mortalidade da população de um determinado país. Entendo que este
tema receberá as principais atenções durante as próximas semanas.
Tal indicação é reforçada pela oposição partil que os luminares
formam com Saturno, outro significador essencial dos idosos e de
mortalidade.
A casa XII, enaltecida no ascendente
da carta da lunação, fala sobre confinamento e seus ambientes, como
hospitais e prisões. Também fala sobre aqueles que são menos
favorecidos e vulneráveis em uma sociedade, como as pessoas
miseráveis, marginalizadas e enfermas.
Carta da Lua Nova em Câncer, Brasília-DF.
É notório que a pandemia do novo
coronavírus já causa severa preocupação há meses pelos dois
temas citados acima. A OMS e as autoridades do país afirmam que o
Brasil já atingiu o pico da enfermidade. Todavia, apesar da
desconfortável estabilidade e dos processos de flexibilizações, os
números de novos casos e óbitos seguem em um patamar muito elevado.
Vislumbro, dentro do contexto desta
carta de lunação, o aumento
da incidência da enfermidade
entre os mais pobres. A doença está em franco processo de expansão
no interior e em regiões que a experimentaram tardiamente. Penso
na região Sul e no elevado número de idosos que temos aqui.
Quando comparamos a carta da lunação
com as cartas de ingresso solar mencionadas, verificamos que as casas
I e VII são afetadas pela lunação. A primeira casa fala sobre o
nosso país, seus habitantes e suas condições gerais de saúde e
prosperidade. A casa VII versa sobre os outros países, amigáveis ou
não, e as relações comerciais que o Brasil estabelece.
Carta do Ingresso Solar em Câncer em 2020, Brasília-DF.
Vênus é o planeta mais angular da
carta, disposto em conjunção ao descendente. Nas duas cartas de
ingresso solar anteriores, Vênus era o planeta regente da casa X,
representando a figura do Presidente. A
força do significador pode indicar um período de recuperação de
poder para Bolsonaro. Pode sinalizar, ainda, o governo envolvido
com temas que incluem
o estrangeiro e o comércio exterior.
Saturno
rege a casa II dos dois
últimos
temas de ingresso solar
e aparece disposto nessa casa astrológica na carta da lunação em
Câncer. Nesta mesma casa e ao lado de Saturno encontramos Júpiter,
o senhor do ascendente do tema. Outra esfera focal é a econômica.
Vênus,
planeta que representa o Poder Executivo nas cartas de ingresso,
aparece no signo de Gêmeos, que corresponde à segunda casa do mapa
da última posse presidencial. O
governo começa a se mobilizar para sanear os custos da pandemia.
Temos
a possibilidade de criação de novo imposto e a reforma tributária
já foi apresentada ao Poder Legislativo.
Nas
cartas de ingresso solar em Áries e Câncer, tal Poder é
representado por Marte, senhor da casa XI. O pequeno maléfico está
em seu longo trânsito pelo seu domicílio, em Áries, e lança uma
oposição ao meio do céu destas duas cartas. É
uma indicação de um Legislativo mais forte e antipático ao
governo. Vênus
e Marte formam um aparente sextil na carta de lunação. Porém, este
aspecto nunca ocorreu, pois Marte ingressou em Áries quando Vênus
já avançava por Gêmeos. O próximo contato partil entre os dois
astros será uma quadratura, quando Vênus transitar pelo signo de
Câncer.
Em
breve este texto constará do acerto do site. Aos
admiradores dos céus, alerto para a melhor oportunidade para
observar os planetas Júpiter e Saturno. A oposição que o Sol
formou com ambos os astros errantes sinaliza o período de seu maior
brilho durante
o ano.
Após o ocaso, ficam presentes no céu noturno durante toda a noite.
Marte
também conquista um brilho cada vez maior, à medida que se aproxima
do seu período de retrogradação. Vênus brilha forte no céu
durante todas as madrugadas e Mercúrio atinge a sua maior elongação
amanhã, momento no qual estará mais afastado do Sol e poderá ser
visto com maior facilidade antes do Sol nascer.