domingo, 20 de janeiro de 2019

O Eclipse Total da Lua em Janeiro de 2019

Na madrugada da próxima segunda-feira ocorre o eclipse total da Lua, no primeiro grau do signo de Leão. O mapa do evento, levantado para Brasília-DF, apresenta o ascendente no signo de Sagitário. Júpiter é o planeta regente do ascendente e se encontra domiciliado e posicionado na primeira casa da figura, recebendo a aplicação de Vênus. Júpiter governa, ainda, os termos do ângulo ascendente e os termos da posição da Lua, que é o luminar ocultado durante o eclipse.
O evento ocorre no eixo de casas astrológicas III-IX. Os eclipses, quando ocorrem em casas angulares, possuem um maior grau de potencialidade. A presença dos dois planetas benéficos no ângulo ascendente, elevados acima das infortunas, com Júpiter possuindo poder sobre a posição da Lua em eclipse, faz com que o evento possua desdobramentos com contornos menos dramáticos e haja uma salvaguarda diante das dificuldades acenadas.
Na data do eclipse, Marte forma uma quadratura partil com Saturno, sem recepção. Os dois planetas maléficos estão fortes, em seus domicílios. A natureza de ambas as infortunas está exacerbada. Marte está rápido em seu movimento, em sua morada que aguça a natureza quente e seca que possui. Saturno acaba de migrar para o hemisfério oriental, ganha velocidade e poder no domicílio que reforça a sua natureza essencial extremamente fria e seca. As más configurações envolvendo Marte e Saturno sempre alertam para riscos de acidentes e violência de toda a ordem. As aflições envolvendo os dois planetas maléficos denotam possibilidades de abalos estruturais, desde as esferas governamentais de poder, perpassando pelas maiores edificações e obras de engenharia e chegando até a nossa estrutura óssea e dentária.


Na última carta de ingresso solar em Capricórnio, havia a presença de Marte na casa IX, com Saturno ocupando o descendente da figura. A Lua em eclipse se posiciona na casa IX do mapa do evento, levantado para a capital do país. Parece que chegou o momento do ápice das manifestações mais nefastas e escandalosas envolvendo o Poder Judiciário brasileiro. Atentar para os movimentos da Suprema Corte. A posição de Saturno na casa II da carta do eclipse, dispondo de Mercúrio, planeta regente da casa VII, parece ratificar as dificuldades de ordem econômica e de relações comerciais assinaladas na carta de ingresso solar em Capricórnio. Marte, se colocando sobre o décimo signo desta carta mundana, em quadratura com Saturno durante o eclipse, pode levar severos conflitos e dissabores de toda a ordem para o governo.


Em termos pessoais, o eclipse pode ter importância para os nativos que possuem planetas, especialmente aqueles de grande poder de representação na carta natal, nos primeiros graus dos signos de Leão e Aquário. Quando falo de planetas com elevada expressão na natividade, me refiro aos luminares, ao planeta regente do ascendente e ao Almuten Figuris. Se estes planetas estão ativos através da Firdaria, por alguma Direção Primária relevante ou através da Profecção ou Revolução Solar vigente, sendo o planeta regente do ano, por exemplo, há maiores chances do eclipse simbolizar algum evento significativo de ordem pessoal. O planeta afetado pelo eclipse da Lua é influenciado por movimento, atividade e instabilidade. Outros pontos focais e de grande conexão pessoal no mapa natal, como o ascendente, o meio do céu e a Parte da Fortuna, também merecem a devida atenção caso o eclipse atinja estas posições natais por orbe estreita.


quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

A Posse de Jair Bolsonaro

Ontem, dia 1° de janeiro de 2019, às 15h11min, no dia e hora de Marte e sob o horário brasileiro de verão e em Brasília-DF, Jair Messias Bolsonaro toma posse como o 38° Presidente do Brasil. O ascendente da carta é Touro e os demais ângulos da carta são fixos. Conforme o horário e a época do ano escolhidos de praxe para tal cerimônia, não há nenhum testemunho relevante assinalado por esta configuração. Da mesma forma, a posição do Sol, por signo e casa, também é invariável e não deve ser tomada como qualquer espécie de particularidade.
O mapa da posse presidencial apresenta dois planetas angulares. Ambos são os próprios senhores do ângulo ascendente, Vênus e a Lua. Os dois planetas estão em suas debilidades maiores, sendo que Vênus está em exílio e  Lua está em queda. A Lua se aplica a Vênus, que já ocupa os termos de Saturno no signo de Escorpião.
A Lua diminui em luz no signo de sua debilidade. Após completar o último sextil com o Sol, caminha em direção ao final do seu ciclo mensal. O último aspecto que o luminar noturno formou foi com Saturno, um sextil cujos raios lunares caem no local do seu exílio.
O Presidente empossado é representado pelo senhor da casa X. Saturno rege esta casa e está em conjunção com o Sol no signo de Capricórnio, combusto e na nona casa da carta. Saturno, nestas condições, acena para algum grau de dureza e secura do governante. Denota, também, que o Presidente eleito se sente extremamente afinado com o povo, haja vista que o Sol rege a casa IV da carta da posse e representa o povo. O Presidente dispõe deste apoio, que também vem acompanhado de uma pressão incisiva, representada pela figura do Sol. A conjunção formada por Sol e Saturno na carta da posse aspecta por trígono o meio do céu natal de Bolsonaro, que corresponde ao ascendente desta figura mundana. Esta configuração concede poder e autoridade ao Presidente.
Marte ocupa o signo de Áries e está colocado na casa XI, seu domicílio diurno. À medida que avançar por este signo zodiacal, Marte irá se aplicar por quadratura a Saturno, planeta que rege a casa X e representa o Presidente. Marte rege as casas VII e XII e possui uma conexão íntima com inimigos, declarados e ocultos. Marte está no signo da queda de Saturno e deverá haver muito acautelamento por parte do novo Presidente contra a incursão dos inimigos. Estes podem se materializar na figura de chefes de outros estados nacionais, mas também podem povoar os bastidores mais próximos do Poder. Marte tem analogia com os militares, de um modo geral. Bolsonaro deve ser vigilante para com seus assistentes mais próximos e poderosos.


Consoante à carta do ingresso solar no signo de Capricórnio, a Economia não decolará fragorosamente. Mercúrio, senhor dos termos do ascendente, rege a casa II da carta e ocupa a casa VIII, em Sagitário, local do seu exílio. A esperança reside em Júpiter, seu planeta dispositor. Em Sagitário, seu domicílio diurno e ocupando a oitava casa do mapa, Júpiter pode representar algum grau de saneamento de dívidas do governo e melhoria de suas contas. Uma parte dos propósitos nacionais emanados pelo novo governo depende destas medidas. A outra meta é sinalizada pelo planeta regente do ascendente, Vênus. Na casa VII, há a indicação de busca por novos aliados e parceiros comerciais. Ao ocupar o signo do seu exílio, Vênus sinaliza que este processo pode ser frustrado em parte.
O tema natal de Jair Bolsonaro apresenta o ascendente no signo de Câncer, com Júpiter exaltado neste signo e em conjunção ao ângulo ascendente. O Presidente possui o Sol no signo de Áries, exaltado na casa IX. A presença destes dois significadores em exaltação evoca, não sem surpresas, temas religiosos e seus valores análogos com algum grau de exagero. Júpiter é um significador essencial de fé e religiosidade, assim como a casa IX também engloba estes temas. A casa IX é a casa astrológica do júbilo solar e o Sol lá colocado, no signo de sua elevação e com poder regência sobre este setor, traz esta agenda com muita força para o nativo.
Marte rege a casa IX da carta natal de Bolsonaro e ocupa a décima casa, no signo de Touro. Os temas religiosos são levados diretamente para a carreira. Marte é combativo e ao se opor a Saturno o faz de maneira extremamente dura. Cabe ressaltar que a posição angular de Marte é muito comum nas cartas natais das natividades de militares. Júpiter costuma aparecer nos ângulos das natividades de políticos. Bolsonaro possui os dois posicionamentos.


É interessante ressaltar que o ascendente da posse presidencial corresponde ao meio do céu do mapa natal de Jair Bolsonaro. Este testemunho pode acenar para a importância que o Presidente terá para os rumos e história do país. Outro testemunho que vem a denotar a possível singularidade do governante é a presença da Lua, planeta regente do ascendente de Bolsonaro, em conjunção ao ascendente da carta de Independência do Brasil, no signo de Aquário.
Outra correspondência relevante reside no fato do Saturno da carta nacional corresponder ao meio do céu do Presidente e que ascende no momento da posse, o próprio signo de Touro. A tarefa de governar o país será muito difícil. O peso saturnino sobre Bolsonaro aparece também na casa VII do mapa de sua posse, onde existe a correspondência da posição de Saturno natal do Presidente. Esta casa abriga, no mapa da posse, dois planetas debilitados, que são a Lua e Vênus. As relações internacionais, diplomáticas e comerciais serão um desafio a parte e merecerão toda a atenção para que não tomem rumos indesejados. Combinados aos testemunhos assinalados por Marte, podem ser esperados litígios com o exterior. A posição de Marte natal de Bolsonaro no signo ascendente da posse presidencial fará com que o Brasil adquira uma imagem mais bélica perante o mundo sob a égide do novo líder.
A conjunção formada pelo Sol e Saturno é desabonadora para a saúde do Presidente. Através da combustão, o Sol enfraquece Saturno, que é o planeta significador de Bolsonaro. A configuração corresponde à casa VI do mapa natal, enaltecendo às enfermidades e a debilidade física. O ingresso de Marte no signo de Áries, que aparece na carta da posse, formando uma conjunção com o Sol natal de Bolsonaro, também é mau para a saúde, considerando que o Sol é o Hyleg da carta e Marte é um significador essencial de moléstias e cirurgias. Some-se isto ao fato do eixo nodal afetar por trânsito o ascendente natal de Bolsonaro, com o nodo norte formando uma conjunção com este ângulo, o que acena também para um possível rebaixamento da vitalidade neste momento.
Todavia, merece ressaltar que a figura de Júpiter no ascendente natal de Bolsonaro representa o Alcocoden de sua genitura. Sem aflições, deve conceder seus anos maiores de vida ao Presidente, o que lhe permite no mínimo mais quinze anos de vitalidade. Porém, cabe o alerta de que a esfera astrológica mundana se sobrepõe à natal e que movimentos desta esfera superior, principalmente aqueles que envolvem a morte induzida ou acidental de governantes, podem desrespeitar os anos de vida garantidos pelo Alcocoden da carta natal.
Outras relevantes interações envolvendo o mapa natal de Jair Bolsonaro, a carta de sua posse como Presidente e a carta de Independência do Brasil merecem ser destacadas. O ascendente natal de Bolsonaro aparece na casa III do mapa da posse presidencial, em conjunção com o nodo norte. É de se esperar grandes ações por parte de Bolsonaro em temas nacionais que envolvam a melhoria do sistema viário e dos transportes. Poderão ocorrer medidas importantes envolvendo os sistemas de comunicação no país. O modelo educacional do país, principalmente do ensino fundamental e médio, também estará na mira de profundas mudanças.
O ascendente natal de Bolsonaro corresponde à casa VI da carta de Independência do Brasil. Neste viés, podem ser esperadas ações que fomentem mudanças significativas nas relações de trabalho, nos setores público e privado. O sistema de saúde pública do país poderá passar por grandes reformas, igualmente.


Considerando que Júpiter é um significador natal que goza de bom estado cósmico, é de se esperar que tais mudanças tenham intenção e conotação positiva, ainda que possam pecar pelas ações exageradas. Cabe lembrar que Bolsonaro possui Júpiter em exaltação e em conjunção ao seu ascendente natal. Tal planeta é o Senhor das Maneiras e o Almuten Figuris de sua natividade. Ainda que tome medidas equivocadas e prejudiciais a determinados setores sociais e ao país, Bolsonaro tem a convicção pessoal de que está a fazer o certo e o bem.
O temperamento do Presidente aponta para fleumático, a despeito do que o imaginário popular possa conduzir à conclusão de que Bolsonaro possua o temperamento colérico predominante. Ainda que haja aceno de precarizações e possíveis litígios nas relações internacionais, parece que Bolsonaro não tende, prioritariamente, às atitudes precipitadas. Há uma diferença entre o ator político, que aparece à população e o indivíduo Jair Bolsonaro, que reserva as suas características singulares aos mais próximos, como a maioria das figuras públicas procede.
A Parte da Fortuna do mapa natal de Bolsonaro está posicionada no signo de Gêmeos, na casa XI. Nesta colocação, ocupa o mesmo signo que Júpiter e a Lua ocupam no mapa de Independência do Brasil. Este testemunho sinaliza apoio popular e dos poderes Legislativo e Judiciário. Vênus rege a casa IV do mapa da Independência e aspecta a Parte da Fortuna de Bolsonaro através de um sextil. Como representante do povo brasileiro, Vênus ratifica o testemunho de apoio popular e a sua ascensão ao poder.
No mapa da posse presidencial, a Parte da Fortuna está disposta na casa XI e tem na figura de Júpiter o seu senhor. No seu domicílio e em Sagitário, Júpiter assiste ao lote e confirma o apoio do Poder Legislativo a Bolsonaro. A afinidade com o Poder Judiciário é asseverada pela própria presença de Saturno, senhor da casa X da carta da posse, na casa IX. Endurecimento das leis, penalidades mais severas e moralização social através dos valores que a autoridade que toma posse como Presidente entende como corretas. Estas são intenções enfáticas de Bolsonaro.
Realizando um balanco geral da análise astrológica elaborada, pode ser afirmado que os maiores desafios de Jair Bolsonaro, como Presidente do Brasil, residem na sua própria saúde física e no perigo materializado na figura de representantes de outros estados nacionais - e que poderão ser poderosos - e também daqueles que estão no seu círculo mais próximo de assistência, com algum grau de poder agregado.
A carta da posse não apresenta eclipses, fato que sempre costuma ser nefasto para o início de qualquer governo. Embora a Lua esteja no seu final de ciclo de luz e ocupe o signo da sua queda, ocupa uma casa angular e se aplica a um planeta benéfico, que é Vênus. Ainda que esteja exilada, Vênus vai conceder, ainda que em um primeiro momento, simpatia e apoio popular. A Lua rege as massas e Vênus os aliados.
Apesar de combusto, Saturno ocupa o signo do seu domicílio e a recepção formada com o Sol ameniza a debilidade imposta pelo luminar diurno. O governo poderá ser transcorrido e concluído, havendo salvaguarda contra os maiores perigos assinalados e tendo ciência de que a popularidade e os indicadores econômicos são voláteis e mutuamente dependentes.